Na tarde do dia 26 de março de 2010,um pouco antes do início das gravações do programa Xeque-Mate/TVU, tivemos a oportunidade de visitar o estúdio “A” e conversar com o iluminador da emissora, José Milton - que tem formação técnica, mas constantemente participa de cursos de especialização, inclusive um desses na TV Cultura de São Paulo - e já está a 33 anos na área.

Observando a iluminação do estúdio, percebemos que existe a base de 24 refletores os quais estão dispostos numa grade, e são distribuídos de acordo com a necessidade de cada programa. Para a iluminação do programa, a emissora utiliza dois spots de 500w (para emergência), cinco luzes diretas difusas, luz de ciclorama – utilizado para dar a idéia de xadrez no cenário -, oito refletores com lâmpadas Kino flood, um refletor tipo Fresnel simples em contraluz e outro frontal – que realça o “X” do Xeque-Mate.


No Xeque-Mate, especificamente, a luz entra para realçar o cenário. Segundo o iluminador José Milton, neste programa a iluminação não traz nenhuma proposta especial, como acontece no programa “Canto da Terra”, também da emissora, onde cada foco de luz traz uma proposta e uma intencionalidade. No Xeque-Mate “a luz é para iluminar”, disse José Milton que controla a intensidade da luz através de um painel de controle de luz chamado Dimmer,e também de um DMX - mesa controladora os quais se encontram instalados na parede próximo a entrada do estúdio.

Ainda segundo o iluminador da casa, a chegada de recentes equipamentos melhorou bastante a iluminação. Os refletores de quatro lâmpadas fluorescentes, as quais são luzes frias suavizaram as sombras que eram comuns no cenário do Xeque Mate. No entanto, os problemas com a falta de equipamentos apropriados são resolvidos muitas vezes durante a pós-produção, na edição das imagens. Inclusive, Milton nos confessou que muitas vezes a equipe de técnicos teve que se utilizar de improvisos. Certa vez um dos refletores principais queimou, e eles tiveram que tirar um refletor de outro ângulo para substituí-lo.

Realmente é notória as condições precárias, a que está submetido o estúdio, a espuma responsável pela cobertura acústica está caindo. O estúdio não dispõe de extintores de incêndio e saída de emergência. Há o constante risco de choque e curto-circuito. A fiação é embutida no chão, mas apresenta problemas devido às constantes gambiarras (emaranhados de fios) sobre a grade de iluminação. E já ocorreram casos em que alguns funcionários se queimarem, pois as lâmpadas aquecem muito.



Em fim, percebemos que não só de materiais para a eficácia de uma boa iluminação precisa o estúdio da TV Universitária, mas também de equipamentos e estrutura física adequada que passem segurança para os funcionários da emissora ligados diretamente ao estúdio. Mas, apesar das deficiências a TV Universitária produz e exibe semanalmente oito programas, alguns de uma hora de duração (Grandes Temas, Memória Viva, TVU Notícias, Olhar Independente, Xeque-Mate, Café Filosófico), e outros mais curtos (Por Dentro do Campus e o Cantos da Terra). Além disso, retransmite os programas da TV Brasil que é a cabeça de rede, e os programas da TV Cultura de São Paulo.
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